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sobre presenças e ausências, sobre saudades
tenho sido marcado pelas saudades que moram em mim
várias são essas saudades, todas presenças marcantes de muito marcantes ausências
de mim, em mim…
saudades dilacerantes
desconcertantes, porém
dúbia e inexplicavelmente
re-vigor-antes
sigo e busco – a despeito e por causa delas – chegar ao fim e descobrir-me – muito provavelmente – de volta ao início,
de tudo, de mim,
reencontrar-me, comigo, com o Eterno
movido por aquilo que nem ouso mais explicar
apenas prossigo
mas já é noite. e descansar se faz necessário
hoje
Hoje sou apenas saudade
Hoje sou apenas saudade. 100% saudade…
Saudade daquilo que vivi. Porém, saudade maior daquilo que nunca cheguei a viver…
Saudade daqueles que partiram e deixaram um vazio impossível de ser preenchido. Mas saudade maior daqueles que nunca partiram, e que conseguem ser – contraditoriamente – presenças ausentes;
saudade dos amigos de longe, de perto, que estão longe, que estão longe mas conseguem estar perto, que estão perto mas conseguem estar longe!
Saudade daquele que fui e gostei de ser, saudade daquele que gostaria de ser, mas jamais serei…
Saudade do Eterno,
e da minha – inesgotável – contradição!
Oração à meia-noite
Música: Carol Marinho/Hugo Rafael Rocha
Arranjo: Shaolino Silva
Oração à meia-noite
Cativaste meu coração
com simplicidade
E despertaste em mim
toda a ternura
outrora adormecida
apagada pela dor
Enterneceste meu olhar
Que, uma vez mais,
pode brilhar
Sorriso sincero
Mostra quem sou:
filho do Amor
Tomaste-me de mim mesmo
Agora sou Teu
E assim será
Enquanto for essa, não a minha,
Mas a Tua decisão