Pior que o meu próprio cansaço é não saber de onde esse cansaço vem. Como lutar contra algo cuja fonte não se conhece? Eis um dos meus dilemas nos dias atuais. A verdade é que não tenho mais nem tentado lutar. O cansaço tomou conta de mim e fez-se um com aquele que sou.
Não é mais um problema externo. Tornou-se existencial. Essencialmente existencial.
Não há um entre os meus intermináveis dias em que não me sinta assim: intensa e extremamente cansado. Sem motivação. Sem ânimo. Sem vontade. De nada. Para nada.
A constatação é clara, até cristalina: preciso de descanso. Urgentemente.
Apenas não sei – ou não tenho – onde nem em Quem descansar.