Desejo de morte
Desejo de vida
Sentimentos que me tomam
Partindo-me em dois
Revelam aquilo que sou
Total contradição
Por que morrer?
Por que viver?
Sensação dúbia
Incoerência
Já sou obrigado
a viver
E também a morrer
Não há por que
nada disso antecipar
Sinto-me só
Não tenho mais amizade
com a vida
Tampouco simpatizo-me
com a morte
Descubro, uma vez mais,
que não tenho lugar no mundo!
Sou essencialmente só